- Fizeste parte da formação no Amora FC. Como era a formação do Amora e qual o sentimento de subir a sénior?
Paulo Martins |
Quando cheguei aos juniores do Amora FC, o clube estava no Campeonato Nacional de Juniores e ainda na Segunda Liga em Seniores. Nos juniores, fui recebido como nunca esperei. O prazer em fazer parte desse grupo foi enorme, onde fiz grandes amigos e conquistamos feitos que ficaram para história do clube, pois nesses 2 anos conseguimos sempre a manutenção. Nessa altura, aprendi a sentir a camisola e esses jogadores conseguiram implantar uma mistica e ser um exemplo para a formação. Relativamente à subida aos seniores, lembro-me de nem dormir e de estar a engraxar as botas à noite na véspera do treino. Sabia que não podia facilitar e tinha de ter a humildade de saber respeitar e trabalhar no máximo para fazer parte do plantel senior.
- Tens alguma história engraçada que se possa contar, que meta o Amora FC ou o balneário?
Uma história que me recordo bem, foi quando fomos jogar para a Taça de Portugal a Beja. Começamos a perder o jogo e conseguimos empatar. A partida estava a ser muito difícil, quando já no final do jogo há um jogador do Amora FC no relvado e os jogadores do Beja atiraram a bola para fora. Eu fui fazer o lançamento de linha lateral e o Pedro Miguel, que era o nosso ponta de lança, pede a bola e eu fiz-lhe o passe. Até aí tudo bem, não fosse o Pedro pegar na bola e fazer golo. Deu uma confusão dos diabos e as palavras do Pedro para os jogadores do Beja foram as seguintes: Vocês estão a reclamar do quê? Não estou a perceber...então a bola não segue vossa?
Paulo Martins a disputar um lance nas alturas |
- Os derbys com o Seixal eram sempre intensos. Como eram vividos os dias anteriores e até o jogo, seja na Medideira ou no Bravo?
Os derbys são sempre derbys. Na semana anterior é aquela onde se sente que o envolvimento das pessoas é diferente, sobretudo porque sabes que tens de dar tudo. Aquilo que tens e o que não tens.
- Como foi jogar no Seixal? Quais as maiores diferenças entre o Amora FC e o Seixal FC?
A minha ida para o Seixal acontece quando venho da Ilha da Madeira. As diferenças na altura eram muitas, com o Seixal bem financeiramente e onde não faltava nada. Já o Amora FC enfrentava uma grande crise financeira, mas eu era profissional e tinha de ser eu próprio e ter o mesmo caráter de sempre.
- Lembraste do teu melhor golo? Como foi? E do teu melhor jogo? Ou o jogo que mais recordas com saudade?
Jogos especiais, lembro-me de um no complementar de juniores onde faço o golo no último minuto. Também me lembro bem do jogo da permanência em Évora frente ao Lusitano e em Belém frente ao Olivais e Moscavide.
Em seniores, lembro-me do jogo da subida frente ao Montijo e ainda o jogo para a Taça de Portugal, em casa frente ao Feirense em que perdemos 0-1.
Paulo Martins e outros juniores que subiram à equipa senior do Amora FC |
- Como achas que será o futuro do Amora FC? O clube esta a criar infra-estruturas físicas, para daqui a alguns anos, conseguir atacar outros sonhos, o que me parece o mais correto.
- O melhor jogador com quem jogaste? E o melhor treinador que tiveste?
O melhor jogador com quem joguei foi o Velli Kasumov, jogador internacional do Azerbaijão, que jogou no Vitória de Setúbal. Tinha uma qualidade técnica e táctica acima da média.
Em termos de treinadores todos me marcaram e são um exemplo para mim. Mas o professor José Moniz foi o que mais me impressionou, sobretudo devido à sua experiência e a cultura táctica.
- O que faz o Paulo Martins atualmente?Hoje sou professor de educação física, tenho uma empresa de compra e venda de imóveis e sou treinador de futebol.
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